quarta-feira, 4 de junho de 2014

Tentativas de um seminarista

            Quando eu quero algo eu vou atrás disso. No momento, como devem imaginar eu quero é ser padre! Há renúncias a serem feitas, coisas a se aprender, e muito trabalho acadêmico por vir.
            Aí eu paro e penso: o que me motiva a continuar nessa caminhada? Eu estive diante destas perguntas, no retiro de seminaristas, que fizemos no fim de semana passado. Eu pensei e a resposta me veio rapidamente à cabeça: “Há muito trabalho a ser feito e muito a ser mudado!”, pensei. E hoje caí em mim! O primeiro ponto a começar a mudar sou eu!
            O que é bom, porque há muito tempo eu venho mudando coisas em mim. Comportamentos, modos de ver as coisas, conhecimentos inesperados, experiências maravilhosas, gente que se apruma em algum cantinho no meu coração e eu nem imaginava poder caber mais que um seleto grupinho...
            E junto de tantas coisas novas, e boas, eu recebi, não de forma inesperada, desafios grandes. Este ano já comecei fazendo alguns trabalhos de forma que eu nem imaginava que fossem assim. Chego a me questionar como um bendito ser humano gosta tanto de inventar moda para fazer uma coisa tão simples? Mas o que me frustra é que eu mesmo preciso destas “frescuras”, senão não entendo como deveria.
            Então, depois de muito reclamar, xingar, passar por algumas crises bobinhas, me conformar, lá vou eu, sentar-me diante do meu computador para escrever o bendito artigo, a assustadora resenha, a desmiuçada ata da última reunião da etapa da filosofia, o registro de pastoral, e por aí se vai...

            O que me deixa irritado é que, depois de eu escrever, revisar, concordar que fiz o melhor possível, na hora de ler vejo mil erros ou coisas a serem melhor colocadas...! O que me consola é que ao menos fiz com amor.  
J

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