Quando eu comecei o ano de 2014, aqui de onde
escrevo, isto é; Seminário Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Passo Fundo,
RS, eu não imaginava que chegaria a encontrar um seminarista às barbas da
Ordenação Diaconal. Isto poderia demonstrar um grande desinteresse de minha
parte, mas sei que não o é, pois se tem alguma coisa no mundo que eu amo, esta
coisa é o seminário.
Meu colega, o jovem seminarista Daniel Rodrigo
Feltes, cujo sobrenome eu demorei a parar de confundir, ridiculamente, com
“Pelts”, hoje se ordena diácono. Este pensamento, contudo, logo me veio, assim
que eu o conheci, e ele se apresentou como quartanista em teologia. Em outras
palavras, prestes a tornar-se um diácono. Como poderia deixar a oportunidade
passar?
Decidi acompanhar o que ele fazia, observar como ele
se portava, a maneira com que ele se dirigia aos colegas e aos demais. Comecei
a policiá-lo, em uma espécie de fiscalização sutil e do bem. Eu queria saber o
quanto deveria evoluir até lá. O faço, ainda. É natural, penso eu. Não
acredito, de forma alguma, ser uma atitude maldosa. E diante disso, eu me
regozijo em saber que, pela primeira vez na minha vida, eu verei um colega meu
dar um grande passo como este: ele será diácono...
É mais um sim na vida dele, é mais uma vez o aceitar
a missão. Talvez isso se deva pelo fato de que Daniel sabe que se Cristo veio
por algum motivo, este motivo é para que todos tivessem vida em abundância.
Então começamos a construir relação de fraternidade.
Ele me dava umas chamadinhas aqui, muita risada de lá, conversávamos e
discutíamos sobre algumas coisas. Outras tantas ele me explicou, mesmo que não
tanto pelas palavras dirigidas à mim, mas pelo que pude ouvir, ou ver. Em
outros momentos ele me dava suas opiniões sobre o que eu fazia, e eu dava a
minha vaga opinião sobre o que eu procurava entender do que ele fazia (embora,
muitas vezes, estas minhas opiniões gerassem muitas explicações por parte dele,
devido à minha ignorância referente ao que opinava).
Mas, de tudo que eu gostaria de ter pedido à ele, um
campo eu procurei me controlar: a ordenação. Não faço ideia de como se sente o
ser humano que está diante disso, e ao longo do ano, muitas vezes quis
conversar sobre isto, mas me calei. Pode ser grosseria minha. Não sei se fiz certo,
mas saber ao ritmo em que ele caminhava me foi muito bom. Dar espaço para a
pessoa pensar tranquila... acho que eu consegui, embora nos últimos dias em o
tenha sobrecarregado de pedidos para o blog.
Sinceramente, espero que ele goste desta nossa semana
de homenagens à ele, o nosso blog. Fazemos de coração. Principalmente quando
lembramos que Daniel Rodrigo Feltes entra para a história de nosso blog como o
primeiro membro a receber a estola e missão diaconal.
Parabéns, grande amigo, e sei que ao longo deste
semestre que ainda temos pela frente, vais me mostrar muito mais que há nos
caminhos daquele que segue à este objetivo de servir no sacerdócio.
Espero que, em breve, eu possa escrever mais uma
homenagem para você: esta, sendo homenagem ao mais novo presbítero de nossa
querida Arquidiocese de Passo Fundo...
Parabéns, #futurodiácono!!!
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