Quase cada página da Revelação escrita, diz São Gregório Magno, atesta a existência dos Anjos. No Novo testamento aparecem no evangelho da infância, na narração das tentações do deserto e da consolação de Cristo no Getsêmani. São as testemunhas da Ressurreição, assistem a Igreja que nasce, ajudam os apóstolos e transmitem a vontade divina. Eles prepararão o juízo final e executarão a sentença, separando os bons do maus e formarão uma coroa ao Cristo triunfante. O anjos são mencionados mais de trezentas vezes no Antigo Testamento. Além dessas referências bíblicas, que por si só justificam o culto especial que os cristãos reservaram aos Anjos desde os primeiros tempos, é a natureza destes espíritos puros que estimula nossa admiração e nossa devoção.

A liturgia de 29 de setembro, que celebra Miguel, Gabriel e Rafael, lembra ao mesmo tempo todos os coros angélicos: os Anjos, os Arcanjos, os Tronos, as Dominações que adoram, as Potestades que tremem de respeito diante da Majestade divina, os Céus, as Virtudes, os Bem-aventurados Serafins e os Querubins. Mas desde o Século XVI começou-se a celebrar uma festa distinta para os santos Anjos da guarda, universalizada por Paulo V, depois que em 1508 Leão X aprovou o novo Ofícios composto pelo franciscano João Colombi. Da península ibérica, onde teve início o culto, à França e à Áustria, a festa se espalhou por todo o mundo Cristão.
Postado por Saulo Tonini
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