Cônego Bento tinha
como um “hobby” jogar umas partidas de bolão. Costuma jogar de graça.
A cancha sempre reunia gente de todos
os lados. Certo jogador, vindo ali pela primeira vez, encontrou o Bentinho. Era
franzino, e aparentava não ter muita força nas jogadas. E um senhor robusto, de
jogadas fortes, campeão em outras localidades, desafiou-o de pronto:
- Jogo uma com o senhor, por dez!
- Não jogo por dinheiro e contigo jogo
até de canhota!
O olhar do desafiante, com a cabeça
meneando, demonstrou que a provocação era demais.
- Tá feito!
E começou a partida. As bolas jogadas
por Bentinho iam rolando certeiras, derrubando os nove palitos. E o adversário
já se encontrava nervoso, porque a torcida lhe era contrária.
O resultado final foi uma incontestável
vitória do Bentinho. Neste dia “seu” Fiorese ficou sabendo que o Bentinho
nasceu canhoto e nunca havia feito jogadas com a direita.
(BARTH, Adalíbio – Histórias de Amor e Vida.
Erechim-RS, Gráfica e Editora São Cristóvão, 2011)
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