segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Uma família em Bangu


Chegamos no dia 23 de julho pela manhã.
   Era por volta das 04:00hs, mas não pudemos entrar, fomos aconselhados a não ir a diante porque tinha risco de bala perdida. Se era verdade o que nos foi dito não sei, e provavelmente nunca saberei.
   O nosso ônibus ficou parado até raiar o sol, então fomos para a Paróquia Menino Jesus de Praga.
   O povo carioca merece os parabéns! São muito gente boa!
   Logo que chegamos no pátio da paróquia os voluntários nos guiaram para dentro de uma sala onde aguardávamos junto de outros peregrinos do Tocantins.
   Nosso grupo se separou: meninas para um lado, meninos para o outro.
   Eu fui me hospedar em uma casa de família que, por sinal, foi muito atenciosa do início ao fim.
   Esta família, o tempo inteiro nos cuidava, para saber se precisávamos de algum socorro, ia nos buscar nos lugares em que ficávamos, e não perdiam nada: tínhamos alguma expressão diferente já vinham prontamente nos oferecer a mão em ajuda.
   Apesar dos perigos de Bangu, talvez tenha sido este o melhor ligar para quem quer aprender a ser um peregrino. Lá encontramos o perigo das armas, vimos de frente a baixa qualidade de vida da maior parte da população daquele bairro, que expunha esgoto a céu aberto, permitia a corrida dos carros entre o emaranhado de ruas, e que convivia em perfeita harmonia com todos os caos, possibilitando, até mesmo a soltura dos "papagaios", muitos deles já dependurados nos fios de luz.
   Em meio a tudo isso, em meio ao caos com o qual eu não saberia conviver, brotava uma irmandade, uma amizade, um amor por queles que ali visitavam pela Paz, pela boa convivência, com Cristo no coração.
   A população de Bangu recebe os parabéns! Nem um só morador deixou de nos auxiliar quando precisamos, ou de nos receber bem.
   Havia tensão, mas havia em maior dose o Amor.
   Sinceramente, eu desejo que todos pudessem conhecer o amor que nós sentimos naquele humilde bairro.
   Muito obrigado, queridos amigos de Bangu!!!

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