sexta-feira, 19 de julho de 2013

Eu digo que...

Larissa Wagner, estuda no Inst. Estadual de Ed.
Nossa Srª Imaculada
Por Larissa Wagner
Tapera, RS

O que inicialmente era uma causa de 20 centavos, aparentemente serviu de inspiração para o restante do país sair da sua zona de conforto e, finalmente, despertar para os inúmeros problemas que já existiam até mesmo nas décadas passadas no Brasil. Corrupção, saúde, educação, destino dos impostos e copa do mundo, foram algumas das questões levantadas pela população que “foi para as ruas” reivindicar seus direitos.
A situação me deixou realmente contente com o povo brasileiro, visto que, quem tomou a iniciativa acabou levando junto consigo milhões de pessoas, até mesmo as “mentes fechadas” e que permitiam serem alienadas pela mídia.
Contudo, falar sobre o assunto acabou se tornando complicado, pois se levarmos em conta o contexto atual, os acontecimentos acabaram perdendo o foco e tomando diferentes rumos. Por exemplo, no momento em que o povo está unido, lutando por uma causa, algumas pessoas se provalecem, agindo de forma vergonhosa ao saquear lojas, vandalizar o espaço público, e até mesmo ridicularizar as manifestações com mensagens incoerentes escritas nos cartazes; foi o caso de uma das manifestações em Porto Alegre, onde atitudes semelhantes decepcionaram a quem expressava-se com seriedade.
Outra questão pode ser resumida com apenas uma palavra: hipocrisia. Grande parte da população foi protestar, mas, antes disso,  cada um deve repensar suas atitudes (e estou me incluindo nisso). Não gosto de generalizar, mas, se não fosse o descaso de muitos perante à política, não teríamos pessoas tão incompetentes no poder. Há outros que se mostram indignados com a corrupção, mas, quando têm a oportunidade, também cometem atitudes desonestas. Nós, alunos, desejamos uma melhor educação pública, mas não perdemos a oportunidade de “matar aula”.
Não estou criticando as manifestações, muito pelo contrário, elas foram importantíssimas para mostrar que o povo tem voz, que quer um país justo e com pessoas competentes e honestas no poder. Então, para que isso aconteça, também temos a obrigação de tomarmos atitudes coerentes, abandonando enfim, nosso famoso “jeitinho brasileiro”.

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